sexta-feira, 16 de março de 2012

O LOBO e a sua pouca vontade de trabalhar..

 QUANDO um homem tem ideias claras sobre o valor da vida, encontra sempre um pretexto para se furtar à escravidão do trabalho; como a isenção absoluta não é possível, mas é possível a substituição, o homem inteligente faz trabalhar em seu lugar outros homens, a máquina, ou capitais. E quando é precoce, sabe dispor as coisas de modo que os seus progenitores tenham trabalhado por ele antes mesmo de ele vir ao mundo ...


Hoje não me apetece fazer nada...

terça-feira, 13 de março de 2012

MULHERES...e os conselhos do LOBO

Pelas ruas das cidades vemos muitas vezes os pedestres insultarem e amaldiçoarem os que andam de automóvel. Outro tanto sucede no amor: as velhas, as mulheres feias que ninguém quer, as virgens rançosas, desprezam e insultam as que têm amante. Pois bem, a essas pedestres do amor, não podemos mais que atirar, na nossa corrida para o prazer, a poeira, a lama e os restos do nosso banquete.
Se à passagem de duas mulheres tu olhares uma, a outra rir-se-à de ti. Para se ter êxito na vida é preciso fazer a corte a todas as mulheres, mas saber livrar-se de todas.
As mulheres cujo corpo sempre foi espectáculo de entrada franca são mais dignas de amor que aquelas que só se abrem, como os teatros provincianos, nas ocasiões solenes. Estes cheiram a fechado.


Não recues diante das mulheres que «jamais caíram».
 Todas as mulheres, antes de caírem a primeira vez, nunca tinham caído. Do facto de não terem caído não se deve  tirar um juizo de pureza absoluto. Nunca tendo caído, mais fácil será fazê-las cair. As que caíram várias vezes, têm menor probabilidade de tornar a cair, porque agora já sabem de que se trata.


Não digas: é inútil tentar com aquela mulher, porque há outro. 
Em amor, se devêssemos beber somente onde não há outro que beba, morreríamos todos de sede.
Lembra-te, meu amigo, de que a beleza e a elegância são tudo. Mais vale um belo par de bigodes que um diploma. Impressiona mais um sobretudo de «rat musqué» do que uma cultura enciclopédica. De dois senhores que esperam numa sala, será introduzido primeiro o que estiver mais bem vestido.


Por hoje aqui me fico...e as senhoras não precisam de se aborrecer comigo.
O que digo vale o que vale...


O LOBO
       



segunda-feira, 12 de março de 2012

A CULPA.......lamentos de um Lobo

A Culpa .....por não ter tido a coragem de contigo ficar
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Porque queria falar mas não sabia o que dizer...
Porque queria cantar mas as palavras não saiam...
Porque me lembrei da beleza da Natureza...
Porque me lembrei de ti...

As palavras que,provavelmente, nunca te hei-de dizer, de todos os momentos que nunca tivemos, nesta lembrança que persiste, corre todas as cidades que nos separam e as rotinas que não tivemos.
Em silêncio profundo sufocam-me na distância desmedida que tivemos entre nós. Então faço esta carta, libertando-me desta aflição, escorraçando de mim tudo o que não te hei-de dizer. Hoje  escrevo-te mesmo sabendo que nunca irás ler estas palavras.
Nunca te disse tanta coisa, que fica difícil saber por onde começar. O meu “amo-te, preciso de ti” foram tantas vezes pronunciados ao vento que caíram na banalidade afundados no abismo que existiu entre nós. O teu provavel “amo-te” vinha sempre acompanhado pela tua ausência. Mas eu quis acreditar, eu acreditei em tudo aquilo que durante esta longa ausência  imaginei que me poderias querer a dizer.
De todo o tempo que não te pude ter a meu  lado,  chorei, mas perdoei-me. Em todas as vezes em que a tua ausencia me marcava, eu sofria e chorava, mas perdoei-me. Em todas as horas longas de solidão, afastado de ti, eu chorei de amor e de saudade, mas aceitei a ausencia e perdoei-me. Em todos os sonhos inventados em palavras que dissemos e não realizamos,  eu enchi-me de dor e calei em mim tantas palavras, simplesmente porque me perdoei e acreditei que nada tinha morrido.

Mas as cidades que nos separam, criaram uma profundeza tão grande que as palavras, já gastas, não querem dizer nada. Dentro de ti já não há nada que me peça água e o passado torna-se inútil como um trapo. As pensamentos tornam-se ineficazes de tão usados que estão. Eu calo-me e sofro. Porque te amava com todas as minhas forças, e sem ti o meu amor não se acalmava.
Nunca irei dizer que te esqueci, direi antes que lamento não ter tido coragem antes, para me perdoar a mim mesmo no meio de tanta dor e tanta ausência.
São tantas, mas tantas as palavras que nunca te disse… porque,por minha culpa, o meu mais profundo sentimento também não pudeste escutar.

Amei-te e amo-te. Mas hoje, já dorido desta tão triste dor e distância ,atiro com estas palavras  e peço ao vento que as leve para longe de mim.
Eu fui a sombra de um amor inventado por nós, mas perdoei-me e sobrevivi... porque as palavras atiro-as para longe, mas o amor fica em mim...

Desculpem a lamechice,mas hoje estou assim...