
HÁ estudiosos que trabalham toda a vida na solução de nós que ninguém tem interesse em ver desatados; gente que perde os anos e a vista em roda de um pergaminho, uma epígrafe ou um terceto, publicando volumes, sem que a civilização, a arte, o pensamento, avancem um milímetro. São como aqueles velhos empregados de café que percorreram milhares de quilómetros, sem nunca terem caminhado cem metros do mundo.